A percepção de esforço de goleiras de futsal
Resumo
Este estudo analisou a percepção subjetiva de esforço (PSE) de goleiras de futsal em treinamentos específicos. A pesquisa, de caráter qualitativo, transversal e descritivo, foi realizada com três goleiras de um time profissional em Lages-SC. A coleta de dados utilizou questionários e a escala CR10 de Borg, preenchida pelas atletas e pelo treinador após cada sessão de treino. Os resultados apontaram divergências entre a intensidade pretendida pelo treinador e a percebida pelas goleiras, com a goleira 1 apresentando 58% de concordância, a goleira 2, 41%, e a goleira 3, 40%. Fatores como experiência, idade e histórico de lesões influenciaram a percepção individual de esforço. O estudo destaca a importância do acompanhamento da PSE para ajustar cargas de treinamento, respeitando a individualidade biológica das atletas. Conclui-se que a PSE é uma ferramenta relevante, mas deve ser complementada por outros métodos de monitoramento para otimizar a preparação física das goleiras de futsal.
Referências
-ACSM. American College of Sports Medicine. Manual completo de condicionamento físico e saúde. Phorte. 2016.
-Álvarez, J.; Andrín, G. Desarrollo y aplicación de um nuevo test de campo para resistência específica em jugadores de fútbol sala: TREIF (teste de resistência específica intermitente para futsal). Efdeportes.com / Revista Digital. Núm. 89. p. 1-6. 2004.
-Anjos, L. A.; Dantas, M. M. Pesquisadoras do futebol: discussões a partir de duas trajetórias. Esporte e Sociedade. Núm. 28. 2021.
-Bangsbo, J.; Norregaard, L.; Thorso, F. Activity profile of competition soccer. Can J Sport Science. Vol. 16. Núm. 2. p.110-116. 1991.
-Barroso, R.; Cardoso, R.A.; Carmo, E.C.; Tricoli, V. Perceived exertion in coaches and young swimmers with different training experience. Int. J. Sports Physiol. Perform. Vol. 9. Núm. 212-216. 2014.
-Cunha, U. Comparação entre a percepção subjetiva de esforço planejada pelo treinador personalizado com a percebida por alunos de musculação: PSE estimada por treinadores personalizados e indicada por alunos. TCC de graduação. Universidade Federal do Ceará. Instituto de Educação Física e Esportes. Educação Física. Fortaleza. 2017.
-Delattre, E.; Gracin, M.; Mille-Harmard, L.; Billat, V. Objective and subjective analysis of the training content in young cyclists. Appl. Physiol. Nutr. Metab. Vol. 31. Núm. 2. p. 118-125. 2006.
-Fonseca, G. M. M. Futsal - treinamento para goleiros. 2ª edição. Rio de Janeiro. Sprint. 2001.
-Foster, C.; Florhaug, J. A.; Franklin, J.; Gottshall, J. L.; Hrovatim, L. A.; Parker, S. B. A new approach to monitoring exercise training. J. Strength Cond. Res. Vol. 15. Núm. 1. p. 109-115. 2001.
-Franken, M. Respostas de lactato, esforço percebido, frequência cardíaca, triptofano, prolactina e ácidos graxos à série de natação na velocidade crítica. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. Vol. 36. Núm. 2. p.353-368. 2014.
-Lehman, M.; Foster, C.; Keul, J. Overtraining in endurance athletes: a brief review. Med Sci Sports Exerc. Vol. 25. Núm. 7. p.854-62. 1993.
-Lopes, A. A. M. S. Futsal: metodologia e didática na aprendizagem. Phorte. 2004. 132p.
-Lucena, R. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro. 6ª edição. Sprint. 2002. 103p.
-Marconi, M.A.; Lakatos, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 6ª edição. São Paulo. Atlas. 2005.
-Marcora, S.M.; Bosio, A.; Morree, H.M. Locomotor muscle fatigue increases cardiorespiratory responses and reduces performance during intense cycling exercise independently from metabolic stress. American Journal of Physiology. Regulatory, Integrative and Comparative Physiology. Vol. .294. Núm. 3. p. R874-883. 2008.
-Matveev, L. P. Abordagem de modelo alvo na construção da preparação esportiva. Teoria e prática da FIZ. Cultura. Núm. 2. p.28-37. 2000.
-Mourão, L.; Morel, M. As narrativas sobre o futebol feminino. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 26. Núm. 2. p. 73-86. 2005.
-Murphy, A.P.; Duffield, R.; Kellett, A.; Reid, M. Comparison of Athlete-Coach perceptions of internal and external load markers for elite junior tennis training. Int. J. Sports Physiol. Perform. Vol. 3. Núm. 9. p. 751-756. 2014.
-Mutti, D. Futsal: da Iniciação ao Alto Nível. 2ª edição. Phorte. 2003.
-Nakamura, F.Y.; e colaboradores. Alteração do limiar de variabilidade da frequência cardíaca após treinamento aeróbio de curto prazo. Motriz. Vol. 11. Núm.1. p.01-09. 2005.
-Sampedro, J. Futbol Sala: Las acciones del juego. Análisis metodológico de los Sistema de Juego. Madrid. Gymnos. 1997.
-Sanches, V.C.; Borim, J.M. História e evolução do futsal feminino no Brasil e no Paraná. EFDeportes.com - Revista Digital. Buenos Aires. Año 15. Núm. 149. 2010.
-Silva, E.L.; Menezes, E.M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3ª edição. Florianópolis. Laboratório de Ensino a Distância da UFSC: 2001.
-Tubino, M.J.G.; Sérgio, B.M. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 13. edição. Rio de Janeiro. Shape. 2003.
-Vecchioli, D. Futsal feminino se estrutura após vaquinha e ganha nova liga de clubes... - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/colunas/olhar-olimpico/2022/03/05/futsal-feminino-ganha-liga-profissional.htm?cmpid=copiaecola. 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/olhar-olimpico/2022/03/05/futsal-feminino-ganha-liga-profissional.htm. Acesso em: 09/03/2023.
-Viveiros, L.; Costa, E.C.; Moreira, A.; Nakamura, F.Y.; Aoki, M.S. Monitoramento do treinamento no Judô: Comparação entre a intensidade da carga planejada pelo técnico e a intensidade percebida pelo atleta. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol. 17. Núm. 4. p. 266-269. 2011.
-Zakharov, A.; Gomes, A.C. Ciência do treinamento desportivo: aspectos teóricos e práticos da preparação do desportista, organização e planejamento do processo do treino, controle da preparação do desportista. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport. 1992.
Copyright (c) 2025 Ricardo Exterhotter Bastos, Vinicius Marcon Moreira, Paulo Roberto Alves Falk

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
