A percepção de esforço de goleiras de futsal

  • Ricardo Exterhotter Bastos Graduado no curso de Educação Física da Universidade do Planalto Catarinense, Lages-SC, Brasil.
  • Vinicius Marcon Moreira Graduado no curso de Educação Física da Universidade do Planalto Catarinense, Lages-SC, Brasil.
  • Paulo Roberto Alves Falk Professor e orientador no curso de Educação Física na Universidade do Planalto Catarinense-UNIPLAC, Mestre em Ambiente e Saúde, Lages-SC, Brasil.
Palavras-chave: Futsal, Goleiro, Percepção subjetiva de esforço, Treinamento esportivo, Carga de trabalho

Resumo

Este estudo analisou a percepção subjetiva de esforço (PSE) de goleiras de futsal em treinamentos específicos. A pesquisa, de caráter qualitativo, transversal e descritivo, foi realizada com três goleiras de um time profissional em Lages-SC. A coleta de dados utilizou questionários e a escala CR10 de Borg, preenchida pelas atletas e pelo treinador após cada sessão de treino. Os resultados apontaram divergências entre a intensidade pretendida pelo treinador e a percebida pelas goleiras, com a goleira 1 apresentando 58% de concordância, a goleira 2, 41%, e a goleira 3, 40%. Fatores como experiência, idade e histórico de lesões influenciaram a percepção individual de esforço. O estudo destaca a importância do acompanhamento da PSE para ajustar cargas de treinamento, respeitando a individualidade biológica das atletas. Conclui-se que a PSE é uma ferramenta relevante, mas deve ser complementada por outros métodos de monitoramento para otimizar a preparação física das goleiras de futsal.

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Publicado
2025-11-07
Como Citar
Bastos, R. E., Moreira, V. M., & Falk, P. R. A. (2025). A percepção de esforço de goleiras de futsal. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 17(69), 617-630. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/1581
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original