Capacidade de sprints repetidos em atletas profissionais de futsal: protocolo Tabata
Resumo
O futsal parece exigir uma grande quantidade de esforços de alta intensidade e a capacidade de gerar tiros repetidos justifica a capacidade do atleta de manter o esforço máximo ao longo de tiros repetidos, característica indispensável para o esporte. Objetivo: avaliar a capacidade de sprints repetidos (TSR) em jogadores de futsal numa análise considerando o protocolo de treinamento Tabata. Materiais e Métodos: Corte transversal p, composto por nove atletas de uma equipe de futsal de Paranavaí, Paraná, Brasil que disputava atualmente a série prata (segunda divisão) do campeonato estadual. Apenas os jogadores que atuam na linha são selecionados. A capacidade aeróbica foi avaliada pelo teste intermitente 30:15 e após 48 h os atletas foram recrutados para realizar o protocolo Tabata de treinamento intervalado de alta intensidade, que originalmente consiste em oito sprints de 20 segundos a 170% do vVO2 máximo, intercalados por 10 segundos de recuperação passiva. Em cada sprint foram anotadas a percepção subjetiva de esforço (PSE), velocidade e percentual da vVO2 máxima. Resultados: Os valores de PSE relatados pelos atletas aumentaram a cada sprint realizado, e todos os atletas terminaram com percepção máxima de esforço. Outro dado importante mostra que cinco dos nove atletas avaliados conseguiram realizar apenas o primeiro sprint na intensidade do protocolo, portanto a média final do percentual do vVO2 máximo foi de 121,96 ± 9,32%. Conclusão: Os jogadores profissionais de futsal não conseguiram realizar o protocolo de treinamento Tabata na intensidade proposta pelo autor (170% vVO2 máximo), bem como tiveram perda significativa na velocidade de corrida e aumentos significativos na PSE, sendo que 100% dos jogadores relataram esforço máximo no final do protocolo.
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