Desafios no futebol feminino: perfil das atletas e análise das lesões traumato-ortopédicas
Resumo
Introdução: O futebol feminino, enfrenta desafios e busca por valorização. As lesões musculoesqueléticas ainda são comuns, causadas por esforços, movimentos bruscos e contato físico. A fadiga muscular e mental é um fator que afeta o desempenho e aumenta o risco de lesões, sendo mais frequentes as entorses e rupturas ligamentares, principalmente no joelho. Objetivo: Analisar o perfil sócio clínico das atletas do futebol feminino. Materiais e métodos: O estudo, observacional e de corte transversal, quantitativo, descritivo, foi realizado com 10 atletas do sexo feminino. Incluiu questionários sociodemográficos e testes de avaliação, como a Escala Visual Analógica (EVA), testes específicos para lesões no joelho e tornozelo e teste muscular manual para avaliar o grau de força dos membros inferiores. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: Os resultados revelaram que as atletas tinham entre 18 e 27 anos, com uma média de 22,5 anos. 70% relataram histórico de lesões, especialmente entorse de joelho e rompimento do LCA. As lesões ocorreram durante treinos e competições. A recuperação variou de duas semanas a um ano e meio, com 30% das atletas relatando alterações em seu desempenho após lesões. Considerações Finais: Os resultados destacam, que o esporte desempenha um papel significativo na ocorrência de lesões, destacando a importância de programas preventivos e a análise dos fatores de risco. A identificação e o entendimento das lesões nos atletas femininas são essenciais para a redução da frequência de lesões e a melhora do desempenho esportivo.
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