Impacto da morfologia, força e potência dos membros inferiores na agilidade de atletas profissionais de futsal

  • Luí­s Miguel Massuça Faculdade de Educação Fí­sica e Desporto, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
  • Samuel Alexandre Almeida Honório CIEQV, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Rio Maior, Portugal
  • Luí­s Fernandes Monteiro Faculdade de Educação Fí­sica e Desporto, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
  • Marco Alexandre Silva Batista CIFOC, Escola Superior de Educação de Torres Novas, Torres Novas, Portugal
  • Pedro Madeira de Sousa Faculdade de Educação Fí­sica e Desporto, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Diferenças morfológicas, Desempenho, Membros inferiores

Resumo

Objetivos: (1) identificar diferenças morfológicas e funcionais de atletas de equipas com rendimentos diferenciados; (2) estudar a associação entre os atributos morfológicos, força e potência dos membros inferiores com a agilidade; e (3) identificar os atributos que permitem predizer o desempenho na avaliação da agilidade. Materiais e métodos: Participaram 25 atletas seniores (profissionais), de duas equipas de elite portuguesas, (1) Grupo 1, atletas da equipa classificada em 1º lugar (n = 12); e (2) Grupo 2, atletas da equipa classificada em 14º lugar (n = 13). Os atletas foram avaliados em duas dimensões: (1) morfologia (altura total; massa corporal; massa gorda relativa, %MG); e (2) força e potência dos membros inferiores (saltos verticais: Squat jump, SJ; Countermovement jump, CMJ), e agilidade (teste de zig-zag). Resultados: (1) Não se observaram diferenças significativas entre grupos de performance; e (2) considerando todos os participantes, observaram-se correlações significativas entre o desempenho no teste de agilidade e o peso (r = 0,495, p = 0,012) e %MG (r = 0,471, p = 0,017). Por último, a regressão linear revelou que 38.7% da variação do desempenho dos atletas no teste de agilidade pode ser explicada pela massa gorda relativa (48%; p = 0,006), idade (36%; p = 0,015) e potência média do SJ (16%; p > 0,05). Conclusão: Em atletas de elite de futsal, (1) a idade e a morfologia parecem ter efeito significativo sobre a agilidade; e (2) a potência dos membros inferiores avaliada por saltos verticais, têm um fraco poder explicativo do resultado no teste zig-zag.

Referências

-Barbero-Alvarez, J.; D’Ottavio, S.; Vera, J.; Castagna, C. Aerobic Fitness in Futsal players of different competitive level. J Strength Cond Res. Vol. 23. Núm. 7. p. 2163-2166. 2009.

-Bosco, C. Aspectos fisiológicos de la preparación física del futbolista. Buenos Aires, Argentina. Paidotribo, 1991.

-Bosco, C.; Luhtanen, P.; Komi, P.V. A simple method for measurement of mechanical power in jumping. European Journal of Applied Physiology. Vol. 50. p. 273-282. 1983.

-Busko, K.; Nowak, A. Changes of maximal muscle torque and maximal power output of lower extremities in male judoists during training. Human Movement. Vol. 9. Núm. 2. p. 111-115. 2008.

-Chaouachi, A.; Brughelli, M.; Chamari, K.; Levin, G.T.; Ben Abdelkrim, N.; Laurencelle, L.; Castagna, C. Lower limb maximal dynamic strength and agility determinants in elite basketball players. J Strength Cond Res. Vol. 23. p. 1570-1577. 2009.

-Chaouachi, A.; Manzi, V.; Chaalali, A.; Wong, D.P.; Chamari, K.; Castagna, C. Determinants analysis of change-of-direction ability in elite soccer players. J Strength Cond Res. Vol. 26. Núm. 10. p. 2667-2676. 2012.

-Dogramaci, S.N.; Watsford, M.L. A comparison of two different methods for time--motion analysis in team sports. International Journal of Performance Analysis in Sport. Vol. 6. p. 73-83. 2006.

-Dogramaci, S.N.; Watsford, M.L.; Murphy, A.J. Time-motion analysis of international and national level futsal. J Strength Cond Res. Vol. 25. Núm. 3. p. 646-651. 2011.

-Durnin, J.V.G.A.; Womersley, J. Body fat assessed from the total body density and its estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged from 16 to 72 years. British Journal of Nutrition. Vol. 32. p. 77-97. 1974.

-Gomes, S.; Sotero, R.; Giavoni A. Avaliação da composição corporal e dos níveis de aptidão física de atletas de futsal classificados segundo a tipologia dos esquemas de género. Rev Bras Med Esporte. Vol. 17. Núm. 3. p. 156-160. 2011.

-González-Badillo, J.J.; Gorostiaga, E. Fundamentos del entrenamiento de la fuerza. Aplicación al alto redimiento desportivo. INE Publicacions. 1995.

-Gorostiaga, E.M.; Llodio, I.; Ibáñez, J.; Granados, C.; Navarro, I.; Ruesta, M.; Bonnabau, H.; Izquierdo, M. Differences in physical fitness among indoor and outdoor elite male soccer players. Eur J Appl Physiol. Vol. 106. Núm. 4. p. 483-491. 2009.

-Harman, E.; Garhammer, J. Administration, scoring and interpretation of selected tests. In: Essentials of Strength Training and Conditioning. 3ªedição. Baechle TR and Earle RW, eds. Champaign, IL: Human Kinetics. p. 250-273. 2008.

-Harman, E.A.; Rosenstein, M.T.; Frykman, P.N.; Rosenstein, R.M.; Kraemer, W.J. Estimation of Human Power Output From Vertical Jump. Journal of Applied Sport Science Research. Vol. 5. Núm. 3. p. 116-120. 1991.

-Little, T.; Williams, A. Specificity of acceleration, maximum speed, and agility in professional soccer players. J Strength Cond Res. Vol. 19. Núm. 1. p. 76-78. 2005.

-Marfell-Jones, M.; Olds, T.; Stewart, A.; Carter, J.E.L. International Standards for Anthropometric Assessment (revised 2006). Underdale, S.A.: International Society for the Advanced of Kinanthropometry. 2006.

-Mirkov, D.; Nedeljkovic, A.; Kukolj, M.; Ugarkovic, D.; Jaric, S. Evaluation of the reliability of soccer-specific field tests. J Strength Cond Res. Vol. 22. p. 1046-1050. 2008.

-Negrete, R.; Brophy, J. The relationship between isokinetic open and closed chain lower extremity strength and functional performance. Journal of Sport Rehabilitation. 9. 2000, 46-61.

-Peterson, M.D.; Alvar, B.A.; Rhea, M.R. The contribution of maximal force production to explosive movement among young collegiate athletes. J Strength Cond Res. Vol. 20. Núm. 4. p. 867-873. 2006.

-Santos, J. Estudo comparativo, fisiológico, antropométrico e motor entre futebolistas de diferente nível competitivo. Revista Paulista de Educação Física. Vol. 13. Núm. 2. p. 146-159. 2009.

-Schaun, G.Z.; Ribeiro, Y.S.; Vaz, M.S.; DelVecchio, F.B. Correlation between agility, lower limb power and performance in a sport-specific test in female volleyball players. International Journal of Sports Science. Vol. 3. Núm. 5. p. 141-146. 2013.

-Sheppard, J.; Young, W. Agility literature review: Classifications, training and testing. Journal of Sports Sciences. Vol. 24. Núm. 9. p. 919-932. 2006.

-Siri, W.E. Gross Composition of the Body. In Advances in Biological and Medical Physics (Vol. IV), eds. J. H. Lawrence and C. A. Tobias, New York. Academic Press.1956.

-Wisloff, U.; Castagna, C.; Helgerud, J.; Jones, R.; Hoff, J. Strong correlation of maximal squat strength with sprint performance and vertical jump height in elite soccer players. British Journal of Sports Medicine. Vol. 38. Núm. 3. p. 285-288. 2004.

-Young, W.B.; Farrow, D. A review of agility: Practical applications for strength and conditioning. Strength and Conditioning Journal. Vol. 28. Núm. 5. p. 24-29. 2006.

-Young, W.B.; James, R.; Montgomery, I. Is muscle power related to running speed with changes of direction? J Sports Med Phys Fitness. Vol. 42. Núm. 3. p. 282-288. 2002.

-Zatsiorsky, V.M.; Kraemer, W. Phorte. 2008.

Publicado
2015-04-10
Como Citar
Massuça, L. M., Honório, S. A. A., Monteiro, L. F., Batista, M. A. S., & Sousa, P. M. de. (2015). Impacto da morfologia, força e potência dos membros inferiores na agilidade de atletas profissionais de futsal. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 7(23), 72-79. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/325
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original