Efeito da aptidão aeróbica na bradicardia e na recuperação da frequência cardí­aca no teste cardiopulmonar máximo em jogadores de futebol

  • César Augusto Rodrigues Sena Pontes Matos Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano e Fisiologia do Exercí­cio, Educação Fí­sica, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil.
  • Daianne Freires Fernandes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil.
  • Wollner Materko Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano e Fisiologia do Exercí­cio, Educação Fí­sica, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil; Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil; Programa de pós-graduação em Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil.
Palavras-chave: Frequência cardíaca, Frequência cardíaca de recuperação, Capacidade aeróbica

Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar os diferentes ní­veis de frequência cardí­aca de repouso (FCR) e de recuperação (FCRP) através da avaliação da aptidão aeróbica da medição do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) em jogadores de futebol.  A amostra, com 20 atletas da modalidade futebol do sexo masculino, buscou os valores de VO2máx através do uso da ergoespirometria durante o teste de exercicio cardiopulmonar máximo (TCPM) com um monitor de FC Polar RS810. Posteriormente, baseado no percentil 50 do VO2máx possibilitou a divisão dos voluntários em dois grupos: de alta aptidão fí­sica (GAP) e baixa aptidão fí­sica (GBP). A estatí­stica foi realizada comparando a diferença entre o GAP e o GBP, pelos dados antropométricos e fí­sicos, VO2máx, FCR, frequência cardí­aca máxima e FCRP através do teste t Stundent para variáveis independentes. O GAP apresentou valor médio mais elevado de VO2máx (+11,7 ml.kg.min-1, p<0,01) do que o GBP. A FCR no GAP (53,9±3,3 bpm; IC95%: 50,1 - 57,6 bpm) e no GBP (69,3±5,1 bpm; IC95%: 66 - 72,5 bpm), resultou uma diferença média de -15,4±7,7 bpm (p = 0,00001). A FCRP no GAP (157,8±6,3 bpm; IC95%: 153,8 - 161,7 bpm) e no GBP (173,0±9,0 bpm; IC95%: 167,3 - 178,6 bpm), resultou numa diferença média de -15,2±12,3 bpm (p=0,00001). Portanto, conclui-se que o GAP possui uma maior eficiência na utilização do sistema cardiorrespiratório durante o teste cardiopulmonar máximo quando comparado ao GBP.

Referências

-Abad, C. C. C.; e colaboradores. Short-Term Cardiac Autonomic Recovery after a Repeated Sprint Test in Young Soccer Players. Sports. Vol. 7. Num. 5. p. 102. 2019.

-Araújo, K. S.; e colaboradores. Influência de diferentes sistemas táticos sobre a intensidade de esforço e a fadiga de jogadores de futebol da categoria sub-17. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol.11. Num. 43.

p. 172-178. 2019.

-Barbalho, M. S. M.; e colaboradores. Estudo comparativo da frequência cardíaca máxima e estimada por diferentes equações em jogadores de Futebol profissional. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol.

Num. 30. p. 275-279. 2016.

-Bahrainy, S.; e colaboradores. Exercise training bradycardia is largely explained by reduced intrinsic heart rate. International Journal of Cardiology. Vol. 222. p. 213-216, 2016.

-Bellenger, C. R.; e colaboradores. Monitoring athletic training status through autonomic heart rate regulation: a systematic review and metaanalysis. Sports Medicine. Vol. 46. Num. 10. p. 1461-1486. 2016.

-Balady, G. J.; e colaboradores. American Heart Association Exercise, Cardiac Rehabilitation, and Prevention Committee of the Council on Clinical Cardiology; Council on Epidemiology and Prevention; Council on Peripheral Vascular Disease; Interdisciplinary Council on Quality of Care and Outcomes Research. Clinician's Guide to

cardiopulmonary exercise testing in adults a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. Vol. 122. Num. 2. p. 191-225. 2010.

-Campos, É.; e colaboradores. Análise físicas e comportamentais de jovens atletas praticantes de futebol de campo, durante diferentes designe de treinamento. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 9. Num. 32. p. 16-20. 2016.

-Coates, A. M.; Hammond, S.; Burr, J. F. Investigating the use of pre-training measures of autonomic regulation for assessing functional overreaching in endurance athletes. European journal of sport science. Vol. 18. Num. 7. p. 965-974. 2018.

-Cole, C. R.; e colaboradores. Heart-rate recovery immediately after exercise as a predictor of mortality. New England journal of medicine. Vol. 341. Núm. 18. p.1351-1357. 1999.

-Consolazio, C.; Johnson, R.; Pecora, L. Physiological Measurements of Metabolic Functions in Man. New York NY. McGraw Hill. 1963.

-Davis, J. A.; Convertino, V. A. A comparison of heart rate methods for predicting endurance training intensity. Medicine and Science in Sports. Vol. 7. Num. 4. p. 295-298. 1975.

-Dellal, A.; e colaboradores. Cardiac parasympathetic reactivation in elite soccer players during different types of traditional high-intensity training exercise modes and specific tests: interests and limits. Asian journal of sports medicine. Vol. 6. Num. 4, p. e25723. 2015.

-Excel, J.; e colaboradores. Entropy Measures Can Add Novel Information to Reveal How Runners' Heart Rate and Speed Are Regulated by Different Environments. Frontiers in Psychology. Vol. 4. Num. 10. p. 1278. 2019.

-Jackson, A.S.; Pollock, M.L. Generalized equations for predicting body density of men. British Journal of Nutrition. Vol. 40. Num. 3. 1978. p. 497-504.

-Kingsley, J. D.; Figueroa, A. Acute and training effects of resistance exercise on heart rate variability. Clinical Physiology and Functional Imaging. Vol. 36. Num. 3. p. 179-187. 2016.

-Jae, S. Y.; e colaboradores. Attenuated heart rate recovery after exercise testing and risk of incident hypertension in men. American Journal of Hypertension. Vol. 29. Num. 9. p. 1103-8. 2016.

-Mann, T. N.; e colaboradores. Relationship between perceived exertion during exercise and subsequent recovery measurements. Biology of Sport. Vol. 34. Num. 1. p. 3-9. 2017.

-Materko, W. Stratification Fitness Aerobic Based on Heart Rate Variability during Rest by Principal Component Analysis and K-means Clustering. Journal Exercise Physiology online. Vol. 21. Num. 1. p. 91-101. 2018.

-Materko, W. Stratification of the level of aerobic fitness based on heart rate variability parameters in adult males at rest. Motricidade. Vol. 14. Num. 1. p. 51-57. 2018.

-Milanović, Z.; e colaboradores. Is Recreational Soccer Effective for Improving VO2max A Systematic Review and MetaAnalysis. Sports Medicine. Vol. 45. Num. 9. p. 1339-1353. 2015.

-Nakamura, F. Y.; e colaboradores. Differences in physical performance between U-20 and senior top-level Brazilian futsal players. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 56. Num. 11. p. 1289-1297. 2016.

-Plews, D. J.; Laursen, P. B.; Buchheit, M. Day-to-day heart-rate variability recordings in world-champion rowers: appreciating unique athlete characteristics. International journal of sports physiology and performance. Vol. 12.

Num. 5. p. 697-703. 2017.

-Ribas, M. R.; e colaboradores. Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca pré e pós-partidas de Futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 10. Num. 40. p. 612-620. 2019.

-Schneider, C.; e colaboradores. Heart Rate Variability Monitoring During Strength and High-Intensity Interval Training Overload Microcycles. Frontiers in Physiology. Vol. 22. Num. 10. p. 582. 2019.

-Stanley, J.; D’auria, S.; Buchheit, M. Cardiac parasympathetic activity and race performance: an elite triathlete case study. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 10. Num. 4. p. 528-534. 2015.

-Siri, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods apud: Brozek, J and Henschel. Techniques for measuring body composition. Washington National Academic of Science. 1961.

-Tulppo, M. P.; e colaboradores. Vagal modulation of heart rate during exercise: effects of age and physical fitness”. American Journal of Physiology. Heart and Circulatory Physiology. Vol. 274. Num. 2. p. 424-429. 1998.

-Wasserman, K.; e colaboradores. Anaerobic threshold and respiratory gas exchange during exercise. Journal of Applied Physiology. Vol. 35. Num. 2. p. 236-243. 1973.

-Wasserman, K.; Whipp, B. J. “Exercise physiology in health and disease”, The American Review of Respiratory Disease. Vol. 112. Num. 2. p. 219-249. 1975.

-Weberruss, H.; e colaboradores. Recovery of the cardiac autonomic nervous and vascular system after maximal cardiopulmonary exercise testing in recreational athletes. European Journal of Applied Physiology. Vol. 118. Num. 1. p. 205-211. 2018.

Publicado
2020-08-26
Como Citar
Matos, C. A. R. S. P., Fernandes, D. F., & Materko, W. (2020). Efeito da aptidão aeróbica na bradicardia e na recuperação da frequência cardí­aca no teste cardiopulmonar máximo em jogadores de futebol. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 12(47), 122-129. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/902
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original