Influência de diferentes sistemas táticos sobre a intensidade de esforço e a fadiga de jogadores de futebol da categoria sub-17

  • Kevin Silva Araujo Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil
  • Daniel dos Santos Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil
  • Leonardo Ribeiro da Costa Claretiano, Centro Universitário, Batatais-SP, Brasil
  • Eliane Aparecida de Castro Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil
  • Carlos Eduardo Pimenta Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil. CBF Academy licença B e C. Prefeitura de Franca, Internacional E.C
  • Luciana Moreira Motta Raiz Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil
  • Belmar Ramos Junior Firstbeat Technologies Oy
  • André Luiz Berzoti Ribeiro Firstbeat Technologies Oy
  • Matheus Silva Queiroz Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil
Palavras-chave: Futebol, Índice de fadiga, Potência anaeróbia

Resumo

O jogo de futebol é caracterizado como um esporte de alta intensidade com curtos intervalos de recuperação, sendo assim, parâmetros de mensuração de carga durante o jogo vem sendo analisados para evoluir o desempenho dos atletas. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de diferentes sistemas táticos sobre a intensidade de esforço (IE), potência e fadiga em 10 jogadores, com média de idade de 16,6 ± 0,5 anos. A frequência cardíaca (FC) foi monitorada através de monitores cardí­acos (Firstbeat®) durante dois jogos simulados utilizando os sistemas táticos 1-4-4-2 (S-1) e 1-4-3-3 (S-2). Para quantificar os valores de potência máxima (Pmáx.) e potência mí­nima (Pmí­n) foi utilizado o teste de corrida anaeróbia RAST (Running-based anaerobic sprint test) em três momentos: T1- teste basal, T2 - teste pós (S-1), T3 - teste pós (S-2). Os valores de FC registrada nos jogos não demonstraram diferenças significativas quando comparado 1-4-4-2 x 1-4-3-3 (FCmáx S-1= 189.4 ± 8.18 e S-2= 193.6 ± 5.13 bpm) (p< 0,151). A FC média registrada no S-1 foi 162.6 ± 7.23 e S-2 = 164.3 ± 9.64 bpm (p< 0,711). Os valores de potência não apresentaram alterações significativas quando comparadas nos três momentos (T1, T2, T2). Houve um aumento significativo nos valores do í­ndice de fadiga entre os momentos T1 e T2 (*p < 0,05). Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram que ambos os sistemas táticos estudados apresentaram respostas semelhantes da FC e não foram capazes de alterar os valores de potência máxima e mí­nima nos jogadores.

Biografia do Autor

Kevin Silva Araujo, Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil

Kevin Silva Araujo, possui graduação em Educação Fí­sica pela Universidade de Franca (2016) especialização em Fisiologia do Exercí­cio pela Universidade Federal de São Carlos (2018). Atualmente é professor de iniciação na modalidade futebol com experiencia em metodologia de treinamento para iniciação e avaliação fí­sica e fisiologica.

Daniel dos Santos, Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca-SP, Brasil

Bacharel (2000) e Licenciado (2003) em Educação Fí­sica pela Universidade de Franca , Mestre (2004) em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca (2004). Doutor (2012) em Alimentos e Nutrição, área de concentração: Ciências Nutricionais- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Araraquara-SP. Atualmente é docente-pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Promoção de Saúde e do curso de Educação Fí­sica- Universidade de Franca. É lider do grupo GEFESE - Grupo de Estudos em Fisiologia do Exercí­cio aplicada à Saúde e ao Esporte. Foi professor adjunto I do Centro Universitário de Patos de Minas , Centro Universitário Claretiano de Batatais e Fisiologista do Franca Futebol Feminino. Coordena o curso de Pós-Graduação lato sensu em Fisiologia do Exercí­cio e Nutrição Esportiva. Ministra aulas em cursos de pós-graduação lato sensu nas seguintes instituições: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), Universidade de Franca, Universidade de Ribeirão Preto e Escola Superior de Educação Fí­sica de Catanduva. Tem experiência nas áreas de: Fisiologia e Metabolismo, Nutrição Esportiva , Atividade Fí­sica e Promoção de Saúde e Treinamento Esportivo.

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Publicado
2019-02-17
Como Citar
Araujo, K. S., dos Santos, D., da Costa, L. R., de Castro, E. A., Pimenta, C. E., Raiz, L. M. M., Ramos Junior, B., Ribeiro, A. L. B., & Queiroz, M. S. (2019). Influência de diferentes sistemas táticos sobre a intensidade de esforço e a fadiga de jogadores de futebol da categoria sub-17. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 11(43), 172-178. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/732
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original