Relação entre ní­vel de aptidão fí­sica e motivação na prática do Futebol feminino

  • Jéssica de Sousa Pereira Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil
  • Patrí­cia Espí­ndola Mota Venâncio Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil
  • Iransé Oliveira-Silva Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil
Palavras-chave: Motivação, Futebol, Aptidão física

Resumo

Introdução: Dentre as várias situações envolvidas no esporte, as técnicas motivacionais tendem a melhorar a motivação intrí­nseca e extrí­nseca do atleta. Objetivo: Identificar a relação entre o ní­vel de aptidão fí­sica e a motivação na prática de futebol feminino. Materiais e Métodos: participaram do estudo Vinte e duas mulheres adolescentes saudáveis com idade média de 15,9 ± 1,3 anos participantes de uma equipe de futebol feminino a mais de um ano, as quais responderam a Escala de Motivação no Esporte - versão brasileira (EME-BR), que avalia os ní­veis de motivação intrí­nseca e extrí­nseca. Foi aplicado também os Testes de aptidão fí­sica: composição corporal por meio do protocolo de Pollock e Wilmore (1997); resistência abdominal flexibilidade com o Banco de Wells e classificadas segundo os critérios estabelecidos por Costa e Pires Neto (2009); o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) foi determinada através do teste de campo "Université de Montréal Track Test" (UMTT); a força de preensão foram realizadas por meio de um dinamômetro hidráulico. Resultados: Existe estreita relação entre componentes especí­ficos da aptidão fí­sica e a motivação de atletas de futebol feminino, com destaque à relação entre percentual de gordura e desmotivação (r=0,631 p=0,00); flexibilidade e força com a motivação intrí­nseca (r=-0,533 p=0,01; r=-0,423 p=0,05); velocidade aeróbia máxima e motivação intrí­nseca (r=0,506 p=0,05). Conclusão: O ní­vel de aptidão fí­sica das atletas de futebol apresenta estreita relação com a motivação observada, indicando que quanto maior composição corporal, maior a desmotivação; quanto maior a flexibilidade e força, menor a motivação intrí­nseca, e quanto melhor a capacidade aeróbia maior a motivação intrí­nseca.

Biografia do Autor

Jéssica de Sousa Pereira, Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil

Acadêmica do Curso de Educação Fí­sica

Patrí­cia Espí­ndola Mota Venâncio, Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil

Dra. em Educação Fí­sica

Iransé Oliveira-Silva, Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis-GO, Brasil

Dr em Educação Fí­sica

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Publicado
2019-01-15
Como Citar
Pereira, J. de S., Venâncio, P. E. M., & Oliveira-Silva, I. (2019). Relação entre ní­vel de aptidão fí­sica e motivação na prática do Futebol feminino. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 10(40), 627-633. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/649
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original