A Força não se correlaciona com a velocidade em atletas jovens de futsal

  • Karoline da Silva Dias Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Fí­sica, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Poliane Dutra Alvares Faculdade Pitágoras, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Paula Júlia da Costa Chaves Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Fí­sica, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Paulo Vitor Albuquerque Santana Faculdade Pitágoras, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Breno Henrique Araújo Amorim Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Fí­sica, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Renata Rodrigues Diniz Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Fí­sica, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Antônio Carlos da Silva Barros Universidade Federal do Maranhão, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Mario Norberto Sevilio de Oliveira Junior Universidade Federal do Maranhão, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Cristiano Eduardo Veneroso Universidade Federal do Maranhão, São Luí­s-MA, Brasil.
  • Christian Emmanuel Torres Cabido Universidade Federal do Maranhão, São Luí­s-MA, Brasil.
Palavras-chave: Futsal, Saltos, Sprints

Resumo

O futsal caracteriza-se como modalidade esportiva intermitente envolvendo atividades anaeróbicas e aeróbicas. No entanto, há um predomí­nio das ações de moderada e alta intensidade por ser uma modalidade dinâmica exigindo dos atletas altas demandas fí­sicas, principalmente, força e velocidade. Verificar a correlação entre o desempenho de saltos verticais com sprints em linha reta e com mudança de direção em jogadores de futsal nas categorias de base SUB-15 e SUB-17. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 46 jogadores do sexo masculino, sendo 19 da categoria SUB-15 e 27 da categoria SUB-17. Foram submetidos à anamnese, composição corporal e teste de esforço para avaliação de saltos verticais (SA e SCM) e sprints (SLR e SMD). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, para as correlações dos testes foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Para as análises dos desempenhos entre as categorias foi utilizado teste t não pareado. O ní­vel de significância adotado foi de p < 0,05. Resultados: Os valores de correlação encontrados para a categoria SUB-15 foram r= -0,115 (SLR e SA), r= -0,007 (SLR e SCM), r= -0,141 (SMD e SA) e r= 0,131 (SMD e SCM). Já para a categoria SUB-17 foram r= -0,243 (SLR e SA), r= -0,307 (SLR e SCM), r= -0,256 (SMD e SA) e r= -0,224 (SMD e SCM). Os dados desse estudo apresentam semelhança com os dados de literatura que utilizam as mesmas caracterí­sticas de amostra e procedimento. Os valores de correlação foram baixos e não significativos apontando que os saltos verticais e sprints possuem demandas diferentes e que por esta razão é necessário cautela ao usar os SV como método de treinamento da velocidade, sendo necessários treinamentos diferentes, considerando as especificidades das tarefas. Além disso, o estágio maturacional deve ser considerado para a progressão das cargas de treino e obter melhoria nos desempenhos.

Biografia do Autor

Karoline da Silva Dias, Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Fí­sica, São Luí­s-MA, Brasil.

Graduando em Educação Fí­sica - Ênfase em educação fí­sica e saúde, UFMA; Participante do grupo de estudo de Genética e Esporte; Participante do Grupo de Pesquisa e Estudo sobre o Futsal e o Futebol; Participante do grupo de Pesquisa Exercí­cio Fí­sico: Saúde e Desempenho Humano.

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Publicado
2021-07-17
Como Citar
Dias, K. da S., Alvares, P. D., Chaves, P. J. da C., Santana, P. V. A., Amorim, B. H. A., Diniz, R. R., Barros, A. C. da S., Oliveira Junior, M. N. S. de, Veneroso, C. E., & Cabido, C. E. T. (2021). A Força não se correlaciona com a velocidade em atletas jovens de futsal. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 13(52), 9-20. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/1022
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original

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